Lady d'Arques

Mara d'Arques and Bad Guy


Escrava do Sheik

Arábia,1816.


Para o sheik Khalid, escolher uma noiva mão é prioridade. Quando é presenteado com uma bela náufraga, antevê o surgimento de problemas diplomáticos.


Mas era impossível resistir às curvas de Juliette. O temperamento de Juliette apenas alimentava o fogo em Khalid, além de despertar o lado conquistador dele, instigando-o a domá-la através do desejo!

Meu comentário:

O Conto.

A frase acima define tudo... é um conto e é bem curtinho, com um clima bem quente sensualmente falando.

Khalid apesar de resistente é um gentleman, e a Juliette tem um gênio a ser domado e é bem inteligente.

O desfecho é bem conto de fadas e no epílogo temos um vislumbre de Ramiz o herói do livro que é a sequência dessa saga.


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Inocência no harém

Arábia, verão de 1818

Lady Celia se considerava uma pessoa inteiramente criteriosa. Parecia sensato que ela fosse se casar com um cavalheiro igualmente seletivo. 

Até ela ser resgatada pelo príncipe Ramiz, do reino de A'Qadiz, durante uma travessia pelas implacáveis areias do deserto.

Poderia parecer insano convidá-la para conhecer seu harém, porém a oferta dele não a deixou chocada. Talvez a sedução do deserto e a magia de Ramiz tivessem destituído Celia de toda a sua cautela.

Meu Comentário:

Mais uma viúva virgem na minha lista de leitura. Confesso que amo ver a cara dos mocinhos quando fazem esta descoberta.

Ramiz luta constantemente consigo mesmo tentando resistir à Celia, mas é impossível permanecer indiferente à doçura e encanto da britânica.

Seu povo se apaixona por ela e suas idéias, até os mais resistentes líderes do povo sucumbem ao seu carisma e inteligência.

Minha única angústia era imaginar uma maneira de tornar possível o amor proibido.

Destaque para a cena em que Ramiz ensina Celia a voar, é uma das cenas mais lindas do livro e está na página 129.

-  Adivinhei porque você tem a expressão de uma mulher faminta por atenção. Venha comigo – disse ele, estendendo-lhe a mão para erguê-la e colocando um dedo sobre os lábios dela para impedi-la de falar. Levou-a para fora do salão, para o pátio, onde as fontes faziam sua doce musica no ar perfumado de jasmim. – Olhe para lá. – O profundo azul-safira do céu estava pontilhado de estrelas. – Em minha cultura, acreditamos que o amor tem asas... asas que podem levá-la até lá em cima, até as estrelas, onde os prazeres celestiais do corpo são reverenciados. É uma jornada voluptuosa, uma jornada que deixa sua marca nos olhos de uma mulher, na maneira como ela anda, na maneira como ela aprende a alimentar e desfrutar de seu corpo e a saber que é um templo de delícias. Olho para você e vejo uma mulher que ainda não aprendeu a voar. Olho para você e quero ajudá-la a experimentar como é flutuar nas nuvens altas. 

A voz de Ramiz era sedutora no ouvido de Célia. Estavam em pé junto à fonte, as mãos dele nos braços ela, desligando lentamente para cima e para baixo a pele nua de Célia. Ela podia sentir o roçar do veludo das mangas dele. Ele cheirava a sabonete de limão e a um homem perfumado pela noite. Ela se imaginou voando. Sua presença, o cheiro dele, a sensação dele e o som vibrante de sua voz lhe deram uma vaga imagem de como poderia ser. Do que ele poderia fazer  a ela para tornar possível que acontecesse. 

Ela queria aquilo; o que quer que fosse, ela o queria e sabia que encontraria nele um tutor mais do que capaz. Sua confiança em si mesmo era intoxicante, assim como sua aura de poder. Sua competência casual, que poderia intimidar e irritar, ali, sob as estrelas secretas, era fascinante, atraente e incrivelmente persuasiva. 

- Não quer saber como é voar, Célia? – Ramiz lhe falava junto à orelha, os lábios sussurrando sobre sua pele. 

- Não sei se posso. – O que era verdade. 

A risada dele, como um ronronar na garganta, tão cheio de segurança, fez o estômago dela dar um nó.

 - Confie em mim... você pode.


E um trecho na página 180 que é perfeita, pois descreve o encantamento de Celia não somente sobre Ramiz, mas principalmente sobre seu povo:-

Se alguém lhe tivesse dito que gostaria da experiência de comprar sedas num souk, Ramiz teria achado graça. Embora gostasse tanto de olhar uma mulher bem vestida como qualquer outro homem, tinha pouco interesse no que era necessário para atingir aquele resultado. Mas o entusiasmo quase infantil de Célia era encantador e, durante a hora seguinte ele observou, hipnotizado, enquanto ela se atirava com enorme alegria no negocio de escolher cores, texturas e enfeites.  

Célia, que nunca antes vira uma quantidade tão grande de sedas coloridas, ricos veludos e delicadas gazes cujos nomes nem mesmo sabia, foi de barraca a barraca com uma expressão embevecida no rosto. Tirou as luvas para mergulhar os dedos na textura rica de um veludo carmesin, para roçar a maciez de um xale de caxemira, para acariciar sedas e cetins e o mais áspero damasco, transformando a compra de tecidos numa experiência sensual que jamais imaginara.  

Em sua excitação, esqueceu tudo sobre deferência e modéstia, esqueceu-se de calçar as luvas de novo ou de recolocar o véu, mas estava tão encantadora, tão capaz de se fazer entender, apesar da barreira da linguagem, e tão cuidadosa em elogiar até mesmo o mais simples dos tecidos e comprar no maior número possível de barracas que, em vez de causar escândalo, conquistou o respeito caloroso dos vendedores que a trataram com verdadeira hospitalidade. Tomaram diversos copos de chá oferecido pelos vendedores e Ramiz se viu relegado a segundo plano por alguns de seus súditos pela primera vez desde que ocupara o trono.



Estou curiosa por ler o livro da Cassie, Volúpia do Deserto (edição HH 104), irmã de Célia e já lançado no Brasil.

Nota 10.

Agradecimento especial para Camila Alves, pois esse foi um dos meus presentes de aniversário adiantado. Mila amada do meu coração... Amei!!!!

2 comentários:

Lidy disse...

Dois sheiks com consciência? Por que isso não é genético? Talvez assim as mocinhas atuais não tivessem tanto trabalho e nós, pobres leitoras, não passaríamos tanta raiva. :D

cacau toledo disse...

eu tenho esse e o volúpia no deserto e é show os livros.

Tem uma história chamada desafiando o sheik que foi publicado na parte de leitura online que é o 4º livro da série

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